Saúde da Mulher Grávida

Saúde da Mulher Grávida

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Você vai fazer o quê com a sua placenta?

Placenta. Imagem: Além D'Olhar Fotografia. Parto Pélvico da Mariana

A placenta é um órgão temporário, muito especial e que nutre a vida! A vida do seu bebê! Muitas mulheres desejam dar um destino digno para esse órgão tão maravilhoso e mágico! Uma infinidade de rituais podem ser adotados com a placenta.
Placenta Educativa. Arquivo Pessoal

No oriente, por exemplo, mais especificamente no Laos, no Sudeste Asiático, a placenta é colocada dentro de um bambu e a família sai à procura de uma árvore grande e deixam o bambu ao lado dessa árvore, pedindo proteção para o bebê. Se a família almeja inteligência para o bebê, ela atira o bambu com a placenta dentro de algum rio ou água corrente!
Bambu e Água Corrente. Imagem: Internet

Você pode plantar a placenta em um local que você visite sempre e fazer um ritual para plantá-la! Em nossa "selva de pedra" você pode plantar em um vaso de folhas dentro da sua casa! Nesse caso, logo após o nascimento da placenta, colocá-la dentro de um saco de plástico e guardá-la dentro de um pote, para o transporte da mesma. Envolva o pote em outro saco plástico e escreva “Placenta”. Guarde na geladeira se for plantá-la no dia seguinte do seu parto. Se for plantar em outra ocasião, mantenha o pote dentro do freezer, para uma melhor conservação.
Vaso Plantado. Arquivo Pessoal

Você também pode fazer um carimbo ou uma impressão, simbolizando a árvore da vida! Nesse caso, o carimbo deve ser feito imediatamente após o nascimento do seu bebê. Isso é feito em um papel A3 bem poroso! A placenta deve ser posicionada da maneira de você achar mais linda, em cima de uma superfície plana e em seguida cobrí-la com o papel para que a placenta fique carimbada ou impressa no papel. Depois você poderá enquadrá-la e pendurá-la, por exemplo, no quarto do seu bebê!
Placenta carimbada ou impressa. Imagem: Internet

Placenta carimbada ou impressa. Imagem Internet

Placenta carimbada ou impressa. Imagem Internet

Você pode tomá-la em um suco batido com laranja logo após o parto.
Também, podem-se fazer cápsulas, para fins medicinais.
Cápsulas da Placenta. Imagem: Internet

Pode-se também fazer a tintura da placenta. O seu uso é um medicamento vitalício para o bebê. Reconhecendo o poder medicinal da placenta, ter uma tintura feita da própria placenta seria como ter uma poção mágica para o bebê e também pode ser usado pela mãe, para se restabelecer fisiologicamente, emocionalmente e mentalmente após o parto. Uma curiosidade: A tintura também pode ser usada por qualquer pessoa, pois as propriedades da placenta atuam em todos os organismos, sendo um ótimo remédio para lidar com questões de abandono, fraquezas, falta de nutrição (física, emocional, maternal/familiar), depressão, problemas espirituais, psíquicos, medos, ansiedade, entre outras enfermidades.
Como fazer uma tintura da placenta:
Adicione uma parte de placenta para nove partes de conhaque. Exemplo: 1 colher de chá de placenta para 9 colheres de chá de conhaque;
Deixe curar por no mínimo três dias. Esse procedimento de cura deve ser feito em um frasco de vidro escuro ou uma garrafa coberta em lugar frio e escuro.
Pegue 1 parte desta mistura e adicione a 99 partes de conhaque. Exemplo: 2 ml da mistura mais 198 ml de conhaque.
Pode-se então descartar a mistura original, a primeira.
Coloque a nova mistura em um frasco de vidro bem fechado e bata firmemente contra a palma da sua mão 100 vezes, se concentrando na tarefa.
Deste procedimento nasce a tintura mãe de 200ml.
Guardar em um frasco de vidro escuro, em um local fresco.
Tintura da Placenta. Imagem: Internet

Você deve avaliar e planejar antes do seu parto o que você deseja fazer com a sua placenta. Essa informação deve constar no Plano de Parto. Para que ela não seja dispensada no momento do seu nascimento - dequitação - a última fase do trabalho de parto.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

A Pelve Materna e o Nascimento do Bebê

A pelve é o suporte ósseo do períneo. Essa estrutura envolve quase totalmente as vísceras e os músculos do períneo. A pelve move-se discretamente sobre si mesma e em relação aos ossos adjacentes. Durante esses movimentos, a pelve modifica um pouco a sua forma e esses dados são muito importantes - forma da pelve e adaptalidade discreta - para a boa compreensão da disposição e do funcionamento de períneo, particularmente durante o parto! Pode-se notar o círculo em cima da pelve e imaginar a cabecinha do bebê passando por essa estrutura chamada "Estreito Superior".

Pelve Óssea. Imagem: O Períneo Feminino e o Parto



No interior da pelve, são descritas várias zonas-limite, as quais são denominadas "Estreitos". Essas zonas são reconhecidas em todas as pelves, com variações individuais em cada mulher. Essas variações são da ordem de tamanho e forma. À capacidade dos estreitos não tem necessariamente uma relação com a forma geral da pelve. Existem pelves com asas ilíacas largas, o que faz com que a pelve pareça grande e um estreito superior pequeno. O inverso também ocorre. Da mesma forma, o tamanho do estreito superior não tem uma relação com as formas exteriores do corpo. É falso crer que, por exemplo, uma mulher com quadris largos possui necessariamente uma pelve com dimensões favoráveis para o #parto ou vice-versa.

 Losango pequeno laranjaO estreito superior é a primeira passagem óssea materna que o bebê deve ultrapassar. Assim diz-se que ele encaixa na pelve.
 Losango pequeno laranjaO estreito médio, um canal mais estreito ainda, no momento do parto é uma passagem importante, pois é onde ocorrem as rotações da cabeça do bebê e que precedem a liberação final. A cabeça entra em contato com os primeiros músculos profundos do assoalho pélvico - músculos que sustentam as vísceras, nos caso da mulher: bexiga (sistema urinário), útero (sistema reprodutor), reto (sistema digestivo) - fixados sobre o perímetro do estreito médio, que vão orientar a sua posição.
 Losango pequeno laranjao estreito inferior é a última estrutura óssea que deve ser ultrapassada pelo bebê. É nessa passagem que a criança aparece. 
No momento do parto pode ocorrer uma báscula do cóccix para trás - retropulsão - aumentando o diâmetro desse estreito. A via formada pela sucessão de estreitos é chamada "Escavação Pélvica". Na hora do parto, é o conjunto de passagens ósseas que o bebê deve ultrapassar e é importante salientar que não é uma via reta e sim um túnel curvo.

Estreitos da Pelve Óssea. Imagem: O Períneo Feminino e o Parto



Os ossos da pelve articulam-se entre si. Posteriormente, o sacro se articula com os ossos Ílios e é chamada articulação Sacroilíaca. Anteriormente, os dois púbis são unidos por uma fibrocartilagem espessa de aproximadamente um centímetro e é chama articulação Sínfise Púbica.

Naturalmente essas articulações são pouco móveis. Essa pouca mobilidade ocorre devido à forma das superfícies ósseas e a presença de inúmeros ligamentos. Por outro lado, esses discretos movimentos são importantíssimos durante a gestação, pois permite aumentar o diâmetro da pelve, promovendo um afastamento dos ossos. Isso só é possível pela impregnação hormonal.
No momento do parto – peri-parto – isso de torna mais importante ainda, pois favorece a passagem do bebê.
Por meio de exercícios que provoquem movimentos entre os ossos da pelve – articulações – é possível, durante a gestação, preparar-se para a intensa mobilização de pelve que ocorrerá durante o parto.
A posição de cócoras é um das posturas que deve ser realizada durante a gestação. Acocorada, movimentando a pelve para frente e para trás, de um lado para o outro e realizando pequenos círculos, promovem o afastamento dos ossos e favorece o aumento da mobilidade das articulações. Outro exercício ou postura que trabalha as articulações da pelve é o apoio de pé, em um pé só e o outro pé apoiado – pode ser o encosto de uma cadeira ou o braço de um sofá – na linha do quadril com o joelho flexionado. Essa postura deve ser mantida sem movimento por aproximadamente 10 segundos e mais 10 segundos fazendo movimentos para frente e para trás. Em seguida, trocam-se os apoios e a postura se repete, visando trabalhar as articulações sacroilíacas direita e esquerda. Esses são dois alguns dos exercícios ou posturas que devem ser realizados durante a gestação.


Articulações da Pelve Óssea. Imagem: O Períneo Feminino e o Parto



"Bebês sabem nascer." Bebê fazendo o apoio da sua própria cabeça, na sínfise púbica da pelve materna, para nascer. "Mães sabem parir." Percebam que o conjunto de passagens ósseas que o bebê deve passar, não é uma via retilínea e sim um fragmento de túnel curvo. A fisiologia perfeita e a natureza agindo no parto.


Apoio da cabeça do bebê na Sínfise Púbica Materna. Imagem: Internet



A última passagem do bebê pela estrutura óssea da pelve materna. Depois da cabeça do bebê ter passado e ter sido apoiada na sínfise púbica da pelve materna (postagem anterior) a face do bebê vira para o lado, o corpo acompanha esse movimento. É a hora dos ombros passarem pela pelve materna, um de cada vez, apoiando-se também na sínfise púbica. Em seguida todo corpinho nasce! Quando o pézinho do bebê sai, é dada a hora do nascimento do bebê!


Apoio do ombro do bebê na Sínfise Púbica Materna. Imagem: Internet


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Calais-Germain, B. O períneo feminino e o parto: elementos de anatomia e exercícios práticos. São Paulo: Ed. Manole, 2005.